SOS Agro RS: equipe econômica da Farsul deve se reunir com Ministério da Fazenda
Os agricultores gaúchos reclamam de falta de condições acessíveis para o pagamento de dívidas após três anos de problemas acumulados
A equipe econômica da Farsul (Federação de Agricultura do Rio Grande do Sul) deverá se reunir com o Ministério da Fazenda nesta quarta-feira (21), para mais uma vez tratar do futuro do agronegócio do Rio Grande do Sul.
Os agricultores gaúchos reclamam de falta de condições acessíveis para o pagamento de dívidas após três anos de problemas acumulados. Em 2022 a safra foi prejudicada pela seca e em 2023 também houve perdas. Nesta ocasião, Farsul promoveu uma reunião com os agentes financeiros, onde se acordou com os bancos que as dívidas seriam parceladas, de acordo com as necessidades e características de cada indivíduo, com os parcelamentos sendo feitos em até cinco anos.
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Com isso, “os produtores, portanto, vieram para a safra 2024 com certa tranquilidade. Conseguimos tirar aquela bola de neve de cima deles naquele momento, apostando tudo na safra 2024, porque ninguém acreditava que poderíamos ter uma terceira safra frustrada, mas foi isso que aconteceu”, detalha Antônio Da Luz, economista chefe da Farsul.
No entanto, com novas perdas em 2024 (em alguns casos perda total das lavouras), muitos agricultores não conseguiram pagar suas dívidas até o dia 15 de agosto, prazo determinado. Inadimplentes, não conseguirão fazer novos financiamentos e, em alguns casos, não terão condições de iniciar a próxima safra.
É neste cenário que nasceu o movimento SOS Agro RS, que se declara apartidário e cobra por medidas do Governo Federal. Ao longo do mês de agosto diversas manifestações pacíficas e ordenadas do movimento foram organizadas, incluindo municípios da região: São Lourenço do Sul, Dom Feliciano e Amaral Ferrador.