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19 de setembro de 2024

Alzheimer: saiba os principais sintomas, diagnóstico e cuidados essenciais

A Doença de Alzheimer (DA) é um distúrbio neurodegenerativo que avança de forma gradual e tem consequências fatais, caracterizando-se pela perda progressiva das funções cognitivas e da memória


Por Larissa Rodrigues Publicado 19/09/2024
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Agosto (9)
Foto: Imagem Ilustrativa

O esquecimento é algo comum em nosso cotidiano, mas pode indicar problemas quando se torna recorrente, afetando a lembrança de eventos da nossa história, da memória recente e das pessoas ao nosso redor. Neste mês dedicado à conscientização sobre o Alzheimer, um especialista do Hospital Escola da Universidade Federal de Pelotas (HE-UFPel) aborda o diagnóstico e o tratamento da doença, que são oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O ponto alto dessa campanha ocorre no dia 21, que marca tanto o Dia Mundial quanto o Dia Nacional de Conscientização sobre a Doença de Alzheimer.

De acordo com o neurologista Othelo Fabião, do HE-UFPel, o Alzheimer é uma doença neurodegenerativa que pode levar a diversos sintomas, incluindo dificuldades de raciocínio, problemas de memória, comportamentos anormais e confusão mental. “A perda de memória e a desorientação são os sinais mais comuns. No que diz respeito à cognição, observa-se frequentemente um declínio mental, dificuldades em pensar e entender, confusão noturna, delírios e desorientação. À medida que a doença avança, surgem alterações de comportamento, como irritabilidade, paranoia, agitação e agressividade.”

O HE-UFPel possui um Ambulatório de Neurologia dedicado ao atendimento de pacientes com demência e Alzheimer. Para iniciar o processo, os pacientes devem procurar primeiro um posto de saúde ou uma Unidade Básica de Saúde (UBS), onde serão regulados e encaminhados para o atendimento neurológico no HE-UFPel. O Ambulatório conta com dois neurologistas para adultos e dois neuropediatras, sendo coordenado pelo neurologista Adolfo Bonow.

Saúde Pública

A doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência no mundo, mas não é a única doença neurodegenerativa que afeta a cognição. “O Alzheimer representa a maior parte dos casos e é caracterizado pela formação de placas de proteína beta-amilóide e emaranhados de proteína tau no cérebro, o que leva à morte das células cerebrais. Além disso, existe a demência vascular, que ocorre devido a danos nos vasos sanguíneos que irrigam o cérebro; a demência por corpúsculos de Lewy, marcada pela presença de depósitos anormais de proteínas, resultando em flutuações cognitivas, alucinações e dificuldades motoras; e a demência frontotemporal, que se manifesta por mudanças na personalidade, no comportamento e na linguagem, geralmente afetando pessoas mais jovens em comparação com outras formas da doença.”

O diagnóstico da doença é baseado no relato dos sintomas, como dificuldades de memória, repetição de perguntas e a incapacidade de reconhecer lugares e pessoas. Exames complementares, como ressonância magnética, tomografia e análises de sangue, são essenciais para excluir ou confirmar o tipo de demência, como a demência vascular ou a frontotemporal, que afeta as regiões frontal e temporal do cérebro. Além disso, essas avaliações ajudam a identificar outras condições que podem causar alterações cognitivas, como doenças da tireoide, problemas hepáticos e infecções, como neurosífilis e AIDS. Com um diagnóstico precoce do Alzheimer, o tratamento pode ajudar a estabilizar a progressão da doença.

Qualidade de vida para o paciente e seus familiares

Existem medicamentos disponíveis que podem ajudar a controlar os sintomas da doença e a melhorar a qualidade de vida das pessoas com Alzheimer, todos oferecidos pelo SUS mediante a apresentação de um laudo de solicitação de medicamentos especializados (LME).

No entanto, como esclarece o Dr. Pedro Levi Alencar, a cura para a doença não é possível. “Para o tratamento das demências, é fundamental abordar as comorbidades e realizar exercícios cognitivos e físicos. Nos casos de demências degenerativas, há medicamentos que têm como objetivo retardar a progressão da doença.”

Prevenção para Alzheimer

“Para prevenção do Alzheimer é importante adotar hábitos saudáveis, tratamento e acompanhamento das doenças que o paciente apresente e muito estímulo cognitivo”, afirma o nerologista.

Para prevenir o Alzheimer tenha hábitos saudáveis na alimentação, pratique exercícios físicos, controle o sono e o estresse, realize estímulos cerebrais com estudos, leituras e jogos inteligentes, não fume, não consuma álcool e faça avaliações regulares de audição e visão.

Rede Ebserh

O Hospital Escola da Universidade Federal de Pelotas (HE-UFPel) faz parte da Rede da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Rede Ebserh) desde outubro de 2014. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo em que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação. 

Sinais de alerta para o Alzheimer

  • Perda de memória que interfere nas atividades diárias e no trabalho
  • Dificuldade em realizar tarefas familiares
  • Problemas de comunicação, como dificuldade em encontrar palavras
  • Desorientação temporal e espacia
  • Diminuição do julgamento e do raciocínio crítico
  • Dificuldades com o raciocínio e a resolução de problemas
  • Colocar objetos em locais inadequados com frequência
  • Alterações de humor e comportamento, como irritabilidade
  • Mudanças significativas na personalidade
  • Perda de iniciativa ou motivação para realizar atividades

Informações enviadas pela Assessoria do Hospital Escola da Universidade Federal de Pelotas (HE-UFPel)