Banana de obra de arte comprada por R$ 35,8 milhões é comida
O empresário e fundador da plataforma de criptomoedas Tron, Justin Sun, gerou repercussão ao comer a banana da polêmica obra de arte "Comedian", adquirida por ele em um leilão
O empresário e fundador da plataforma de criptomoedas Tron, Justin Sun, gerou repercussão ao comer a banana da polêmica obra de arte “Comedian”, adquirida por ele em um leilão por US$ 6,2 milhões (cerca de R$ 35,8 milhões). A performance ocorreu na manhã desta sexta-feira (29), durante uma coletiva de imprensa em Hong Kong.
Sun aproveitou o momento para conectar a obra ao universo das criptomoedas. “É muito melhor do que outras bananas”, afirmou o empresário após experimentar a fruta. Ele ainda destacou que consumir a banana em um evento público acrescenta uma nova camada à história da obra.
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A obra e o leilão milionário
A criação, assinada pelo artista italiano Maurizio Cattelan, foi leiloada na última semana pela Sotheby’s, atraindo sete compradores que disputaram o item. O valor inicial era de US$ 800 mil (R$ 4,8 milhões), mas disparou até atingir os US$ 6,2 milhões, incluindo comissões.
Após a compra, Sun declarou que comeria a banana como forma de celebrar o simbolismo artístico e cultural que a obra representa.
Reações e contexto histórico da obra
A peça já havia gerado controvérsias no passado. Em 2019, enquanto estava exposta no Art Basel Miami, o artista performático David Datuna comeu a banana em frente ao público, nomeando sua intervenção de “Hungry Artist” (Artista com Fome). Ele defendeu que sua ação fazia parte do conceito da obra, já que o trabalho é mais uma ideia do que um objeto físico.
No ano passado, outra cena inusitada aconteceu: um estudante sul-coreano, durante uma exposição em Seul, consumiu a banana alegando estar com fome. A fruta foi substituída rapidamente, reforçando que o comprador da obra recebe, na verdade, um certificado de autenticidade, e não a fruta em si.
Por que vale milhões?
A obra foi projetada para desafiar as noções de valor e significado na arte contemporânea. Segundo David Galperin, chefe de arte contemporânea da Sotheby’s, “Comedian” reflete sobre como atribuímos valor às obras e sobre o que realmente define uma peça artística.
A primeira aparição da banana, em 2019, atraiu multidões e dividiu opiniões entre críticos e o público, tornando-se um fenômeno cultural e um marco provocativo no cenário artístico global.
Banana, arte e cultura popular
Com ações como a de Justin Sun, a obra continua a gerar discussões sobre a interseção entre arte, cultura e mercados disruptivos como o das criptomoedas. Para muitos, o alto valor e o impacto cultural de “Comedian” reforçam seu papel como um espelho da sociedade contemporânea.