Coleta de lixo gera transtornos com lixeiras quebradas em condomínios de Pelotas
Só o condomínio Guimarães 2 já precisou comprar 8 novas lixeiras no período de um ano, com o custo de R$ 3 mil reais cada
Os moradores de três condomínios no bairro Areal relatam enfrentar, há anos, a quebra frequente de lixeiras durante a coleta de lixo. O problema, que ocorre a cada visita da equipe de coleta, tem como principal consequência a danificação das rodinhas dos contêineres, gerando transtornos e reforçando a insatisfação dos residentes com a falta de cuidado no manuseio pela empresa responsável.
De acordo com o síndico dos três condomínios, um contêiner de lixo custa cerca de três mil reais, uma despesa que é arcada inteiramente pelo condomínio toda vez que o equipamento é quebrado. Só o condomínio Guimarães 2 já precisou comprar 8 novas lixeiras no período de um ano. “A gente tá assim já há 2 anos que os condomínios em geral vem sofrendo com isso. Eu sou síndico de três condomínios, Guimarães 1, Guimarães 2 e Coimbra. Além de nós pagar impostos, taxas de serviço, taxa de lixo e a gente ainda tem essa função toda, exigem que a gente tenha essas coletoras, o condomínio compra e eles não cuidam.” Relatou Fernando Ramirez.
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Nossa equipe entrou em contato com a empresa Onze Urb, que explicou a situação. “Isso acontece muito, tem condomínios que colocam muito peso e os contêiner ficam muito pesados. Os braços que pegam ali soltam por causa do muito peso, vários contêineres são muito velhos, tendo vida útil de 6, 7, 8 meses e tem condomínios que já tem contêiner há 10 anos. Aí pega chuva, sol e essa situação toda assim ele começa a ficar ressecado e aí ele quebra mesmo, vai quebrar embaixo, vai quebrar a rodinha.” Explicou, Cristiano Braga, responsável pela empresa terceirizada.
O que vai em contrapartida do relato de Fernando, síndico dos condomínios. “O Coimbra foi entregue há quase cinco meses atrás e eles já destruíram as lixeiras. Em cinco meses nós já estamos sem duas lixeiras. Tem lixeira que compramos há 15 dias, pagamos 3 mil reais e em uma semana eles já quebraram também.” Comentou, destacando que as lixeiras quebradas eram novas.
Sobre a queda do contêiner durante a coleta de lixo, Cristiano comentou ser algo comum. “E a situação quando cai do caminhão é isso aí mesmo, às vezes escapa os braços, uma vez até por peso ou outra situação, às vezes até erro dos guris, mas a própria filmagem aí tu vai ver o contêiner ele ta até em cima de lixo.”
Até o momento, a situação continua causando transtornos aos moradores dos condomínios afetados, que enfrentam prejuízos financeiros frequentes sem qualquer perspectiva de resolução. Apesar dos contatos com o Sanep e com a empresa terceirizada, as explicações oferecidas para Fernando não trouxeram soluções práticas ou medidas preventivas claras. Para os moradores, a falta de cuidado na coleta e a ausência de apoio das autoridades deixam a sensação de descaso e aumentam a insatisfação com o serviço prestado.
Em contato com o Sanep, a autarquia respondeu através de uma nota, comunicando que notificou a empresa Onze Construtora e Urbanizadora para realizar o conserto ainda na tarde desta sexta-feira (3). Leia a nota completa:
É previsto em contrato com a empresa responsável por operacionalizar a coleta — hoje, a Onze Construtora e Urbanizadora — que ela é responsável por reparar ou indenizar qualquer tipo de dano cometido, mesmo que culposamente, por seus empregados no desempenho de suas atividades. Dessa forma, quando é comprovado qualquer tipo de dano causado pelos coletores, como ocorrido no registro acima, a orientação do Sanep é para que os condomínios façam a reclamação junto à empresa.
Não sendo solucionado essa questão de forma direta, deverá ser feito protocolo junto ao Sanep, com relato dos problemas ocasionados para providências administrativas e/ou jurídicas. No caso específico em questão, como está comprovado que não se trata de um desgaste natural do contêiner e sim danos oriundos do manuseio por parte dos coletores, o Sanep notificou a empresa, que fará o conserto.
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