Moradores relatam problemas no prolongamento da rua Doutor Francisco da Silva, no bairro Areal, em Pelotas
A situação do bairro está piorando cada vez mais, embora as autoridades tenham conhecimento sobre os problemas
Na manhã desta segunda-feira, (30), a reportagem do Clic Pelotas esteve no Prolongamento da Rua Doutor Francisco da Silva, no bairro Areal. Para conversar com moradores sobre os problemas que a rua e bairro enfrentam.
Os moradores enfrentam sérios problemas que afetam diretamente sua qualidade de vida. Com esgoto a céu aberto, a situação se agrava ainda mais durante as chuvas, quando as águas invadem as residências, obrigando os moradores a elevarem seus móveis em um esforço constante para proteger seus bens, o mau cheiro dos esgotos também são prejudiciais para a saúde dos moradores.
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Além disso, a falta de coleta de lixo devido ao alagamento e o entupimento dos esgotos intensificam a crise, gerando um cenário de descaso e desespero.
O morador Everton relata sobre a situação do bairro:
A situação é grave: quando chove, entra água em todas as casas, mas isso acontece diariamente. Não precisa chover para haver água; e não é água limpa da chuva, mas sim água com esgoto, ratos, bichos e fezes. Temos crianças que ficam doentes por conta da água suja. Elas não conseguem brincar na rua, e precisamos andar com os pés no chão, correndo o risco de contrair leptospirose por causa dos ratos. A cada dia, a situação piora.
Agora, nem o caminhão do lixo quer passar por aqui, o que nos prejudica ainda mais, pois temos que lidar com os lixos acumulados.
Everton destaca sobre o esgoto a céu aberto e como isso afeta os moradores: “A saúde, o cheiro… isso não é digno de se viver. Estamos convivendo com o esgoto dentro de casa. Há pessoas aqui que ficam com água parada por semanas, porque a água não sai e vem acompanhada do esgoto da rua.”
As moradoras Juliana e Janaina também relatam sobre a situação:
Nossa situação aqui está insustentável. Já procuramos e pedimos socorro em vários lugares: na Câmara de Vereadores, tivemos reuniões com Eduardo Leite, na época prefeito da cidade, e falamos com o Ministério Público, fazendo denúncias. Cobramos o projeto do SANEP, que foi entregue, mas não temos verbas para concluir a obra. Continuamos pedindo socorro, pois perdemos nossas coisas por conta das chuvas e alagamentos. Passamos a semana passada toda com água dentro de casa e não sabemos mais o que fazer ou a quem recorrer. São poucos vereadores que conhecem nossos problemas. Vários já vieram aqui, mas ninguém nos ajuda. Para nós, já está desumano viver assim.
A situação do bairro está piorando cada vez mais, embora as autoridades tenham conhecimento sobre os problemas, como o SANEP, Ministério Público entre outros, nenhuma providência foi tomada até o momento.