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19 de setembro de 2024

Abelhas sem ferrão e nativas do RS contribuem para o cultivo de plantações

O extensionista rural da Emater, Eduardo Franz de Mesquita, explica a importância de preservar as espécies


Por Pablo Bierhals Publicado 19/08/2024
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Foto: Pablo Bierhals/Clic Camaquã

O extensionista rural da Emater, Eduardo Franz de Mesquita, fala sobre as abelhas sem ferrão como um apaixonado. Enquanto explica para as crianças sobre a importância destes insetos para o meio ambiente, seus olhos brilham. Foi essa a percepção de quem passou pelo estande da empresa na ExpoCamaquã 2024.

De acordo com Eduardo, já foram catalogadas 24 espécies de abelhas sem ferrão no Rio Grande do Sul que se dividem entre meliponas, que são maiores, e trigonas, que são menores. Em todos os casos, além da produção de mel, são ótimas polinizadoras e podem aumentar a produção de uma plantação em cerca de 20%.

O mal uso dos defensivos agrícolas utilizados para combate de insetos em lavouras e o desmatamento são as maiores ameaças para estas espécies. Mesmo sendo benéficas para qualquer plantação, elas perecem com os demais insetos.

Entre as espécies nativas citadas pelo extensionista, estão jataí, mirim-guaçu e mandaçaia. Esta última, segundo Eduardo, já esteve extinta na natureza e está novamente sendo introduzida na natureza em razão do trabalho dos meliponicultores (criadores de abelha sem ferrão). A extinção de abelhas reflete também na flora da região com a extinção de plantas que dependem da polinização para multiplicação.

A meliponicultura se difere da apicultura em razão do tipo de abelha que é criada. Os apicultores trabalham com as abelhas apis, conhecidas por conter ferrão. Essa espécie não é nativa do Rio Grande do Sul e não deve ser cultivada próximo de residências, ao contrário da abelha sem ferrão que pode, inclusive, ser criada na cidade.

A preservação destas espécies é trabalhada incentivada por Eduardo, junto a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater). Algumas espécies podem ser encontradas para comercialização e, com a técnica correta, são ótimas opções para possuir mel puro e de qualidade em casa.

Assista abaixo o vídeo com Eduardo:

Texto: Pablo Bierhals