Usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nosso portal, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao continuar navegando, você concorda com este monitoramento. Leia mais na nossa Política de Privacidade.

22 de dezembro de 2024

Incêndios florestais afetam mais de 11 milhões de pessoas no Brasil em 2024

Relatório alarmante foi divulgado pela Confederação Nacional dos Municípios


Por Pablo Bierhals Publicado 18/09/2024
Ouvir: 00:00
incendio-parque-nacionall_mcamgo_abr_16092024-7
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) divulgou um relatório alarmante que aponta que, desde o início do ano, aproximadamente 11,2 milhões de brasileiros foram diretamente impactados por incêndios florestais. Os prejuízos econômicos relacionados a essas queimadas já somam cerca de R$ 1,1 bilhão.

Os dados, atualizados até a última segunda-feira (16), indicam que 538 municípios declararam situação de emergência devido aos incêndios. Em comparação com o ano passado, a situação se agrava drasticamente: em 2023, apenas 3.800 pessoas foram afetadas, e apenas 23 cidades haviam decretado emergência.

📱 Clique para receber notícias de graça pelo WhatsApp.

O levantamento da CNM também inclui informações sobre os efeitos da seca e estiagem no Brasil em 2024, que afetaram 9,3 milhões de pessoas e resultaram em perdas superiores a R$ 43 bilhões.

No mesmo período de 2023, o número de pessoas impactadas por incêndios florestais era de aproximadamente 630,7 mil, em 120 municípios.

Frente a esse cenário preocupante, a CNM está promovendo a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 31/2024. A proposta visa estabelecer o Conselho Nacional de Mudança Climática, a Autoridade Climática Nacional e o Fundo Nacional de Mudança Climática.

O conselho será formado pelos presidentes da República, da Câmara dos Deputados e do Senado, além de um ministro de Estado, três governadores escolhidos entre si e três representantes municipais selecionados pelos prefeitos.

A Autoridade Climática Nacional, designada pelo Presidente da República, terá um papel central na implementação da Política Nacional sobre Mudança do Clima, supervisionando ações de mitigação e adaptação e promovendo a colaboração interministerial.

Além disso, a proposta destina 3% da arrecadação dos Impostos de Renda e sobre Produtos Industrializados (IPI) ao Fundo Nacional sobre Mudança do Clima. A CNM argumenta que o modelo atual de alocação de recursos públicos não tem sido eficaz na prevenção e enfrentamento das consequências das mudanças climáticas.