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19 de setembro de 2024

Caso Marielle: julgamento de Lessa e Élcio é marcado para outubro

Marielle Franco, vereadora do PSOL, foi assassinada na noite de 14 de março de 2018, enquanto retornava de um evento no bairro da Lapa, no Rio de Janeiro


Por Pablo Bierhals Publicado 13/09/2024
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Foto: Márcia Foletto / Agência O Globo

O julgamento dos ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, acusados pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, ocorrerá no dia 30 de outubro, às 9h. A decisão foi anunciada pelo juiz Gustavo Kalil, responsável pelo 4º Tribunal do Júri, após uma reunião realizada nesta quinta-feira (12) no Fórum Central do Rio de Janeiro. Na reunião, participaram representantes do Ministério Público, assistentes de acusação e as defesas dos réus.

Para garantir a ordem e evitar aglomerações, o juiz determinou que apenas os envolvidos diretamente no julgamento deverão comparecer ao plenário. Tanto a defesa quanto a acusação terão um prazo de 10 dias para apresentar suas provas orais finais.

Além disso, a promotoria e as defesas optaram por não ouvir o delegado Giniton Lages e o policial civil Marco Antônio de Barros Pinto, que estavam listados como testemunhas.

O juiz também atendeu ao pedido do advogado de Ronnie Lessa para que o presídio onde Lessa está detido reserve o dia 29 de outubro para uma entrevista. Lessa, que atualmente está no presídio de Tremembé em São Paulo, após acordo de delação premiada, anteriormente estava na Penitenciária Federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Sua transferência foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Foi enviado um ofício ao ministro Alexandre de Moraes solicitando a confirmação da data para o julgamento.

Contexto do Caso

Marielle Franco, vereadora do PSOL, foi assassinada na noite de 14 de março de 2018, enquanto retornava de um evento no bairro da Lapa, no Rio de Janeiro. Seu carro foi atacado a tiros, resultando na morte de Marielle e Anderson Gomes. Uma assessora da vereadora também foi ferida por estilhaços. O caso, que repercutiu internacionalmente, é visto como um ataque à democracia.

Após uma investigação complexa e com várias reviravoltas, os ex-policiais Ronnie Lessa e Élcio Queiroz foram presos. Em 2024, os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão, identificados como mandantes dos crimes, bem como o ex-chefe da Polícia Civil Rivaldo Barbosa, foram também detidos. O processo relacionado aos supostos mandantes está atualmente no Supremo Tribunal Federal.