Café “fake” é comercializado em supermercados brasileiros
Na imagem que tem sido compartilhada na internet, o pacote de meio quilo sai por R$ 13,99, menos da metade do preço médio do café no varejo atualmente
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Uma alternativa ao tradicional café vem sendo comercializada em supermercados brasileiros. O motivo é a alta no preço da bebida, chegando a quase 40% de aumento nos últimos 12 meses.
O produto tem sido encontrado em embalagens parecidas com as do café. Na imagem que tem sido compartilhada na internet, o pacote de meio quilo sai por R$ 13,99, menos da metade do preço médio do café no varejo atualmente, quase R$ 30,00. Em Camaquã, o aplicativo Menor Preço indica que há estabelecimentos vendendo o café extraforte por quase R$ 40,00.
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De acordo com a descrição do diretor da Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic), Celírio Inácio da Silva, o “café fake” inclui casca, mucilagem (camada viscosa do grão), pau, pedra, palha e tudo o que vem junto com o café, mas não é café. Trata-se de um “pó para preparo de bebida à base de café”, que viralizou nas redes sociais como “café fake” e “cafake”, uma mistura de café com impurezas que, segundo a Abic, não tem registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser comercializada.
O “cafake” é um caso extremo de uma tendência que se fortalece em momentos de aceleração da inflação de alimentos como o atual: a proliferação dos produtos que parecem, mas não são.
A lista é longa e tem desde “sósias” mais conhecidos, como a bebida láctea, similar ao iogurte, até outras mais recentes, como o óleo composto, uma mistura de azeite com outros óleos vegetais, e o creme culinário, vendido como similar ao creme de leite. Estes produtos são liberados para venda desde que deixem claro que não são os produtos “originais”.
No caso específico do “café fake”, a Abic afirma que a disponibilização de novos alimentos e novos ingredientes requerem autorização prévia da Anvisa, como prevê a legislação sanitária, para garantir que sejam seguros para consumo.