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25 de setembro de 2024

Esposa de Nego Di se manifesta após pagar fiança e deixar a prisão

O influenciador continua preso em investigação por estelionato


Por Pablo Bierhals Publicado 15/07/2024
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Foto: Reprodução/Instagram

Na madrugada desta segunda-feira (15), Gabriela Sousa, esposa do influenciador e humorista Dilson Alves da Silva Neto, conhecido como Nego Di, utilizou suas redes sociais para expressar seu estado emocional, declarando-se “derrotada” e “destruída” após ambos terem sido presos no final de semana.

Gabriela foi detida em flagrante na sexta-feira (12) por posse ilegal de armamento de uso restrito e sem registro, durante uma operação que investiga lavagem de dinheiro. A influenciadora foi liberada após pagar uma fiança de R$ 14 mil. Já Nego Di foi preso no domingo (14), sob investigação de estelionato envolvendo 370 vítimas.

Desabafo nas Redes Sociais

“Sim, estou completamente derrotada, acabada, destruída. Estamos sem conta nenhuma, sem carro, sem nossos celulares. Ele sem Instagram, mas estava tudo bem. Minha felicidade era estamos juntos, mas agora estou sem ele. Meu único pensamento é no meu marido, nada diferente disso. Obrigada por tudo, amo vocês sempre”, disse Gabriela em publicação no Instagram. 

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Em um vídeo publicado, Gabriela manifestou sua falta de vontade de aparecer nas redes sociais e afirmou não estar acompanhando as notícias sobre o caso. “Só quero agradecer a todos, amigos e conhecidos que consegui contatar. Nesse momento, meu único pensamento é no Dilson. Que a Justiça seja feita”, disse.

Operação do MP-RS: Lavagem de Dinheiro

O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) conduziu uma operação contra Nego Di e Gabriela Sousa, suspeitos de lavar R$ 2 milhões por meio de rifas virtuais ilegais. Durante a operação, foram cumpridos mandados de busca e apreensão no litoral catarinense. Dois veículos de luxo foram apreendidos e uma arma de uso restrito foi confiscada.

O promotor Flávio Duarte, responsável pela investigação, destacou que o objetivo das buscas foi recolher documentos, mídias sociais, celulares e outros itens para determinar a extensão dos crimes e os valores obtidos ilegalmente. O MP também conseguiu bloquear valores e indisponibilizar bens dos investigados e terceiros envolvidos.

Investigação de Estelionato

A Justiça do Rio Grande do Sul decretou a prisão de Nego Di após um pedido da Polícia Civil, que investiga o humorista por estelionato. Ele é suspeito de enganar pelo menos 370 pessoas, vendendo produtos através de sua loja virtual “Tadizuera”, que nunca foram entregues. A movimentação financeira em contas ligadas a Nego Di em 2022 ultrapassa R$ 5 milhões.

O sócio de Nego Di, Anderson Bonetti, também teve a prisão preventiva decretada e é considerado foragido. As autoridades descartaram, até o momento, a participação de Gabriela no esquema da loja virtual.

A loja operou entre março e julho de 2022, período em que Nego Di promovia os produtos em suas redes sociais. Muitos seguidores, que hoje somam mais de 10 milhões, compraram os produtos anunciados, mas nunca os receberam. A Polícia Civil estima que o prejuízo dos clientes ultrapassa R$ 330 mil, e acredita que o número de vítimas pode ser maior, considerando que muitas não denunciaram.

Leia ao que diz a defesa do acusado:

“Em relação aos recentes acontecimentos envolvendo o humorista Dilson Alves da Silva Neto, conhecido como Nego Di, gostaríamos de esclarecer que estamos tomando todas as medidas legais cabíveis.

Destacamos a importância do princípio constitucional da presunção de inocência, que assegura a todo cidadão o direito de ser considerado inocente até prova em contrário. O devido processo legal deve ser rigorosamente observado, garantindo que o acusado tenha uma defesa plena e justa, sem qualquer tipo de pré-julgamento.

Pedimos à mídia e ao público que tenham cautela na divulgação de informações sobre o caso, uma vez que a ampla exposição de fatos ainda não comprovados pode causar danos irreparáveis à imagem e à carreira de Nego Di.

Qualquer divulgação precipitada pode resultar em uma condenação prévia injusta, prejudicando sua honra e dignidade”.