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24 de setembro de 2024

Fóssil achado após as chuvas no RS viveu há 233 milhões de anos

Os pesquisadores afirmam que o espécime é um dos dinossauros mais antigos do mundo


Por Kathrein Silva Publicado 17/07/2024
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Foto: Rodrigo Temp Müller

O dinossauro que foi encontrado no sítio fossilífero no interior de São João do Polêsine, na Região Central do Rio Grande do Sul, foi um parente distante das aves, que media cerca de 2,5 metros e viveu há 223 milhões de anos. O fóssil foi encontrado após as enchentes provocadas pelas chuvas de maio.

Pelas características dos ossos, a equipe de paleontólogos do Centro de Apoio à Pesquisa Paleontológica da Quarta Colônia (Cappa), da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), chegou a conclusão de que o dinossauro pertence ao grupo dos herrerosauros, cujo nome científico é Herrerasauridae.

O paleontólogo que liderou as pesquisas, Rodrigo Temp Müller, explica:

Pelo que se pode observar, o espécime representa o segundo herrerassaurídeo mais completo do mundo já descoberto

Os animais desse grupo não deixaram descendentes, mas podem ter relação com as aves.

O achado

O fóssil de dinossauro estava parcialmente exposto em um sítio fossilífero no interior de São João do Polêsine, na Região Central do Rio Grande do Sul, localizado em maio, após as chuvas que provocaram as enchentes no estado. Os pesquisadores afirmam que o espécime tem cerca de 233 milhões de anos, sendo um dos dinossauros mais antigos do mundo.

A região onde foi encontrado o fóssil está associada ao período Triássico, que é o primeiro da Era Mesozoica. No início desse período, o ecossistema se recuperava de uma extinção massiva e remonta à origem dos primeiros dinossauros.

Além do esqueleto fossilizado quase completo, os paleontólogos também encontraram fósseis de animais anteriores aos mamíferos, mais fragmentados, em outros municípios da região, como Faxinal do Soturno, Agudo, Dona Francisca e Paraíso do Sul.