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23 de novembro de 2024

Desafios e expectativas para a safra de camarão em 2025 na região

Segundo o secretário de Pesca de Rio Grande, Bercílio Silva, o início da captura do crustáceo será difícil, mas há esperanças de melhora a partir de março, quando o clima deve favorecer o desenvolvimento do camarão


Por Anelise Freitas Publicado 22/11/2024
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Foto: Divulgação

Com início marcado para 1º de fevereiro e término em 31 de maio, a safra de camarão de 2025 traz desafios e expectativas para os pescadores do sul do Estado. Segundo o secretário de Pesca de Rio Grande, Bercílio Silva, o início da captura do crustáceo será difícil, mas há esperanças de melhora a partir de março, quando o clima deve favorecer o desenvolvimento do camarão.

A reprodução e o crescimento do camarão dependem da entrada de água salgada do mar na Lagoa dos Patos, um fenômeno que ocorre quando o nível da lagoa diminui e os ventos empurram água do Oceano Atlântico para o estuário. Recentemente, essas condições começaram a se intensificar, o que é um bom sinal para a safra. A partir desse ponto, são necessários cerca de 90 dias para que o camarão atinja o tamanho ideal para comercialização, com expectativas mais promissoras para março de 2025.

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“Com o tempo necessário para o camarão se reproduzir e crescer, é possível que em março e abril tenhamos camarões maiores para vender. Vale mais a pena comercializar camarões grandes do que apressar a captura e vender camarões menores, que poderiam crescer mais,” explicou Silva a entrevista ao GZH.

As previsões indicam uma safra um pouco melhor do que a de 2024, quando a enchente de setembro elevou o nível da Lagoa dos Patos e impediu a salinização necessária para a reprodução do camarão. Em 2025, as condições parecem mais favoráveis, o que anima os pescadores.

Paulo Wickboldt, dono de uma peixaria há 35 anos no Mercado Público de Pelotas, comentou sobre as incertezas da safra: “Se faz muita chuva, acabou a safra”, refletindo a preocupação constante com as condições climáticas entre pescadores e vendedores.

Rio Grande possui atualmente cerca de 4 mil pescadores artesanais, enquanto São José do Norte conta com aproximadamente 1.200. No último ano, esses pescadores receberam apoio da comunidade e do Estado para garantir o sustento diante da baixa produção.

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