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14 de novembro de 2024

Homem morre em explosão em frente ao Supremo Tribunal Federal

Um carro também explodiu em um estacionamento próximo ao Supremo Tribunal Federal (STF), no começo da noite da última quarta-feira (13), no Distrito Federal


Por Kathrein Silva Publicado 14/11/2024
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Imagem das explosões na Praça dos Três Poderes, em Brasília • Reprodução

Um homem morreu em uma explosão na Praça dos Três Poderes e um carro explodiu em um estacionamento próximo ao Supremo Tribunal Federal (STF), no começo da noite da última quarta-feira (13), no Distrito Federal. Bombeiros e militares especializados em explosivos foram ao local.

Conforme as informações do G1, um carro com placas de Rio do Sul, Santa Catarina, explodiu no estacionamento que fica entre o STF e Anexo IV da Câmara dos Deputados, por volta das 19h30. No porta-malas, havia fogos de artifício e tijolos.

O dono do veículo era Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, candidato a vereador pelo PL nas eleições municipais de 2020 e que não se elegeu. Segundo a Polícia Civil, ele teria alugado uma casa em Ceilândia, no Distrito Federal, dias atrás.

Cerca de 20 segundos após o carro explodir, um homem morreu em uma explosão na Praça dos Três Poderes. Segundo o Boletim de Ocorrência da Polícia Civil, a vítima da explosão foi identificada como o proprietário do veículo que explodiu.

Antes da explosão em frente ao STF, o homem tentou entrar no prédio. Ele jogou um explosivo embaixo da marquise do edifício, mostrou que tinha artefatos presos ao corpo a um vigilante, deitou-se no chão e acionou um segundo explosivo na nuca.

Em um relato à Polícia Civil, um segurança do STF afirmou que o homem estava com uma mochila, de onde tirou uma blusa, alguns artefatos e um extintor. A blusa foi lançada na estátua em frente ao Supremo. 

Quando o segurança tentou se aproximar, o homem “abriu a camisa” e o segurança viu algo semelhante a um relógio digital, acreditando ser uma bomba. Dois ou três artefatos foram lançados pelo homem e estouraram. Depois, ele se deitou no chão, acendeu o último artefato e colocou na cabeça como um travesseiro.

De acordo com o andamento das investigações, Francisco usava um chapéu branco e trajava roupas com estampas de baralho, o que seria uma referência à fantasia do Coringa, vilão de histórias de quadrinhos.

No Boletim de Ocorrência, também consta que o homem compartilhou mensagens pelo WhatsApp que antecipavam o que aconteceu na Praça dos Três Poderes, “manifestando previamente a intenção do autor em praticar o autoextermínio e o atentado a bomba contra pessoas e instituições”.

O esquadrão antibombas foi ao local para fazer uma varredura e verificar a existência de mais explosivos nos arredores, inclusive em veículos e no corpo do homem que morreu. No momento do incidente, estavam ocorrendo sessões de plenário na Câmara e no Senado, que foram suspensas.

A sessão do STF já tinha terminado, e ministros e servidores foram retirados em segurança. A segurança do palácio vai ser reforçada com integrantes do Exército.

Depois do episódio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com os ministros do STF Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin no Palácio da Alvorada. O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, também foi à residência presidencial. A Polícia Federal abriu inquérito para apurar as explosões, que será enviado a Alexandre de Moraes.

No momento do ocorrido, a funcionária do Tribunal de Contas da União (TCU) Layana Costa estava em um ponto de ônibus em frente ao STF. Segundo ela, um homem passou, segurando uma sacola, e acenou com “um joinha”. A mulher afirma que, em seguida, ouviu a primeira explosão e, ao olhar para trás, viu que o homem jogou algo perto da estátua da Justiça e logo caiu.

Em nota, o STF informou que, após a sessão desta quarta, “dois fortes estrondos foram ouvidos e os ministros foram retirados do prédio em segurança”. “Os servidores e colaboradores do edifício-sede foram retirados por medida de cautela.” A Corte afirmou ainda que a segurança do STF colabora com autoridades policiais do DF.

O secretário de Segurança do DF, Sandro Avelar, disse que a Esplanada dos Ministérios foi fechada: “Neste momento, estamos tentando entender o que aconteceu e estamos enviando um efetivo muito grande do batalhão especial da PMDF para fechar parte da Esplanada”.

Corpo do homem segue no local

O corpo de Francisco Wanderley Luiz permanecia no local na manhça desta quinta-feira (14), para desativação das bombas que estavam plugadas nele.

O major da Polícia Militar do Distrito Federal Raphael Broock afirmou a CNN que:


Ontem, quando o nosso robô do esquadrão antibomba da Polícia Militar chegou para fazer uma verificação no corpo, em volta dele, existiam outros artefatos explosivos. Então, estão sendo neutralizados um a um, na busca ali dentro das possibilidades de preservar o vestígio, para que a investigação seja feita

Segundo ele, o cinto que estava plugado no homem com um timer, também foi retirado e desativado. Agora, os explosivos estão sendo desativados “um a um” e, como já é dia e não chove, a iluminação facilita a visualização dos artefatos de forma mais rápida.