Mais de 74 mil moradores de Rio Grande estão com o nome negativado na Serasa

A economia do Rio Grande do Sul teve um certo alívio com a divulgação do mais recente Mapa da Inadimplência e Renegociação de Dívidas da Serasa. Apesar da retomada das negativações, que haviam sido suspensas em maio e junho pelos birôs de crédito, o Estado apresentou um menor número de inadimplentes nos primeiros quatro meses do ano, um cenário semelhante ao registrado na cidade de Rio Grande. Atualmente, o Rio Grande do Sul tem 3.486.075 consumidores em situação de inadimplência, o que representa uma redução de 3,6% em relação ao total de 60 dias atrás. Na cidade de Rio Grande, são 74.172 pessoas negativadas, com um total de 245.084 dívidas.

Os bancos e os cartões de crédito continuam sendo os principais responsáveis pelas dívidas no Estado, correspondendo a 31,85% dos débitos – uma queda de 1,95 pontos percentuais em comparação com abril, mês anterior à suspensão das negativações. Enquanto em outros estados as contas básicas, como água, energia e gás, representam mais de 21% das dívidas, no Rio Grande do Sul, essas contas essenciais respondem por apenas 11,56% do endividamento total da população.

Em Rio Grande, conforme os dados da Serasa, os primeiros quatro meses do ano registraram 76.917 devedores em janeiro, atingindo o pico do ano em abril, com 77.826 pessoas negativadas. Em maio, durante o período das enchentes e com a suspensão de novas negativações, 4.764 pessoas conseguiram regularizar suas dívidas, reduzindo o número de negativados para 73.062. Em junho, devido provavelmente ao aumento de recursos disponibilizados por conta das enchentes e à continuidade da suspensão das negativações, mais 3.893 pessoas equilibraram suas contas, reduzindo ainda mais o número de inadimplentes. Entretanto, em julho, com o fim da suspensão e a retomada das negativações, mais de cinco mil pessoas voltaram a ser negativadas, elevando o total para 74.172. Esse número corresponde a 38,6% da população da cidade.

Histórico

Os dados registrados nos primeiros quatro meses de 2024 são os mais altos desde 2022. Durante 2022, o número de negativados variou entre 66 e 74 mil pessoas. Já em 2023, não houve nenhum mês em que esse número fosse inferior a 74 mil devedores. Os últimos meses de 2023 deram início a uma sequência histórica, que culminou no início de 2024. Em relação ao total de dívidas, o maior pico desde 2022 foi registrado em abril de 2024, quando o número de devedores alcançou 278.665 dívidas.

Dados levantados pelo Jornal O Litorâneo