Canal do Panamá: soberania em debate após ameaça de Trump
O Canal do Panamá voltou a ser tema de discussão internacional após o presidente do Panamá, José Raúl Mulino, reafirmar a soberania do país sobre a hidrovia
O Canal do Panamá voltou a ser tema de discussão internacional após o presidente do Panamá, José Raúl Mulino, reafirmar a soberania do país sobre a hidrovia. A declaração foi feita após ameaças do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que sugeriu retomar o controle do canal.
• Informações de Poder360
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Declaração do Presidente do Panamá
No último domingo (22 de dezembro de 2024), o presidente do Panamá, José Raúl Mulino, fez uma declaração contundente sobre a soberania do país em relação ao Canal do Panamá. Em um vídeo publicado nas redes sociais, Mulino afirmou que “a soberania e independência do nosso país não são negociáveis”, enfatizando a importância do tratado assinado entre os Estados Unidos e o Panamá, que reconhece a soberania panamenha sobre a hidrovia.
Mulino também expressou sua aspiração de manter uma relação respeitosa com o novo governo dos Estados Unidos, destacando que “o Panamá respeita outras nações e exige respeito”. Ele ressaltou que questões de segurança, como migração ilegal e tráfico de drogas, devem ser prioridades na agenda bilateral entre os dois países.
Reação de Donald Trump e suas Implicações
No sábado (21 de dezembro de 2024), o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, fez declarações polêmicas sobre o Canal do Panamá, afirmando que o Panamá cobrava taxas “exorbitantes” para a travessia da hidrovia. Trump ameaçou retomar o controle da região, alegando que as taxas eram “ridículas” e que o Panamá deveria retribuir a generosidade dos Estados Unidos.
Em suas publicações nas redes sociais, Trump afirmou: “Se os princípios, tanto morais como jurídicos, deste gesto magnânimo de doação não forem retribuídos, então prosseguiremos exigindo que o Canal do Panamá nos seja devolvido, na íntegra e sem quaisquer perguntas”. Essas declarações geraram preocupação sobre possíveis tensões entre os dois países.
Na segunda-feira (23 de dezembro de 2024), a China respondeu às ameaças de Trump, defendendo a soberania do Panamá e afirmando que o canal é uma “grande criação do povo panamiano”. O porta-voz do Ministério de Negócios Estrangeiros da China, Mao Ning, reiterou que o país sempre respeitou a luta do Panamá pela sua soberania, o que pode complicar ainda mais as relações diplomáticas na região.