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19 de setembro de 2024

Pelotas enfrenta crise de pessoas em situação de rua: números divergentes e situação preocupante

Divergência entre números da Prefeitura e do Ministério Público destaca a complexidade do problema e a necessidade de melhorias na gestão de recursos para a população em situação de rua.


Por Anelise Freitas Publicado 06/09/2024
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Foto: Anelise Freitas

Em julho deste ano, uma reportagem do Clic Pelotas indicou que mais de 700 pessoas estavam vivendo nas ruas da cidade, conforme dados da Prefeitura Municipal. No entanto, os dados do Ministério Público apontam para uma cifra ainda mais alarmante: 3.937 pessoas, estabelecendo o município com o maior número de pessoas em situação de rua no Rio Grande do Sul.

A Secretaria Municipal de Assistência Social de Pelotas contesta esses números, afirmando que a base de dados do Cadastro Único do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) registra atualmente 743 pessoas cadastradas, com referência de julho de 2024. A Secretaria também informa que o Centro Pop atende diariamente 110 pessoas e uma média mensal de 370, oferecendo serviços de alimentação, higiene pessoal e atendimento técnico. Além disso, a Casa de Passagem proporciona acolhimento noturno para uma média de 70 pessoas por dia. Em contraste, o Serviço Especializado em Abordagem Social (SEAS), vinculado à Média Complexidade da Secretaria, abordou uma média de 160 pessoas nas ruas no primeiro semestre de 2024.

A expressiva disparidade entre os números da prefeitura e os dados do Ministério Público destaca uma divergência significativa na contabilização e gestão dessa crise social. Enquanto a administração municipal relata a existência de abrigos e recursos disponíveis para essa população vulnerável, contudo, grande parte da comunidade continua vivendo em condições precárias. Muitos continuam acampados em barracas improvisadas em praças e calçadas, especialmente na área central da cidade.

O senhor Alejandro comenta que os abrigos não são o que prometem, como a alimentação em que raramente comem carne, frutas e legumes, sendo o café da manhã e almoço um direito só aos fins de semana. Outro ponto de atenção é também a questão higiênica, onde o local possui três banheiros, no entanto, apenas um funciona e são compartilhados entre homens e mulheres ao mesmo tempo.

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