Pelotas tem projetos de esgoto contemplados pelo PAC
Somando R$ 125,6 milhões em recursos obtidos do governo federal, a construções das ETEs Engenho e Simões Lopes irão colaborar na ampliação do tratamento de esgoto local.
Dois projetos importantes para a ampliação do tratamento de esgoto em Pelotas foram contemplados no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O Sanep recebeu, nesta segunda-feira (29), a confirmação de que estão aprovados os investimentos do governo federal na construção das Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs) Engenho e Simões Lopes. Somados, os valores para executá-los chegam a R$ 138,2 milhões — número que inclui a contrapartida prevista de R$ 12,6 milhões por parte da autarquia. Ambos os planejamentos contemplam, também, as redes coletoras e melhorias necessárias para a entrada em funcionamento das ETEs.
A notícia foi comemorada no Sanep. A diretora-presidente Claudelaine Coelho avaliou a viabilização dos recursos como uma confirmação da eficiência do trabalho de saneamento desenvolvido no município. “Os projetos cadastrados possuem alta qualidade pela capacidade do corpo técnico da autarquia e atendem a todos os critérios condicionantes exigidos para a liberação desses recursos. São obras de grande porte que ampliarão o índice de esgoto tratado em Pelotas e farão a diferença na vida das pessoas, portanto, é uma grande conquista”, salientou a gestora.
Universalização do esgoto
Com 100% da cidade atendida com água tratada, o desafio é elevar os números do esgoto — hoje, em torno de 18% é tratado. A construção da ETE Novo Mundo, na avenida Francisco Caruccio, Três Vendas, ultrapassa 90% de conclusão e tem previsão de ser finalizada ainda neste ano. Ela irá tratar todo o efluente da zona norte do município, em investimento superior a R$ 30 milhões. Com a estação em funcionamento, Pelotas passará a ter aproximadamente 40% do efluente tratado.
A partir da execução dos dois projetos aprovados no PAC, o Sanep estima atingir 75% de tratamento de esgoto. O Marco Regulatório do Saneamento estabelece a meta de 90% do efluente tratado até o final de 2033 — índice que a autarquia espera alcançar com outro projeto já finalizado: a ampliação da ETE Laranjal. Segundo Claudelaine, a busca por recursos nas esferas pública e privada para viabilizar as melhorias permanece.
