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09 de janeiro de 2025

Caso do bolo envenenado em Torres: corpo do sogro é exumando e deve passar por perícia

O procedimento foi solicitado pela Polícia Civil depois da morte de três familiares devido a envenenamento por arsênio em 23 de dezembro do ano passado e a hospitalização de outros três em Torres, no Litoral Norte


Por Kathrein Silva Publicado 08/01/2025
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Foto: Ênio Rosa

O corpo de Paulo Luiz dos Anjos foi exumado às 10h desta quarta-feira (8), no cemitério São Vicente, em Canoas. O procedimento foi solicitado pela Polícia Civil depois da morte de três familiares devido a envenenamento por arsênio em 23 de dezembro do ano passado e a hospitalização de outros três em Torres, no Litoral Norte.

O Instituto-Geral de Perícias (IGP) afirmou que não há prazo para a conclusão da análise. Segundo o médico legista e diretor do Departamento Médico Legal (DML) de Porto Alegre, Paulo Barragan, a busca por arsênico deve facilitar o trabalho pericial. 

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Barragan explica que o arsênio pode ficar no corpo por mais de um ano após a morte.

O homem morreu em setembro de 2024 vítima de uma intoxicação alimentar. Ele era marido de Zeli Teresinha dos Anjos, 61 anos, e sogro de Deise Moura dos Anjos, suspeita de ter envenenado o bolo de Natal que causou as mortes.

Deise Moura dos Anjos está presa desde o último domingo (5), por suspeita de triplo homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e com emprego de veneno e tripla tentativa de homicídio duplamente qualificada. Segundo a polícia, a briga entre elas teria ocorrido há pelo menos 20 anos.

Banana e leite em pó

Deise levou bananas e leite em pó para a casa dos sogros antes de eles passarem mal, em setembro do ano passado. As informações são de GZH.

Em depoimento à Polícia Civil, Deise diz que, em agosto de 2024, houve uma tentativa de reconciliação. Ela e o marido foram a Arroio do Sal e levaram bananas e leite em pó para Zeli e Paulo.  As bananas teriam sido pegas na casa de Canoas de Zeli e Paulo, que havia sido atingida pela enchente. Depois da visita, segundo Deise, eles voltaram a Nova Santa Rita, onde residiam.

O casal teria passado mal após consumir os alimentos. A irmã de Zeli, Maida Berenice Flores da Silva, 59 anos, recomendou que eles levassem as bananas para exame em laboratório, para ver se estavam infectadas, mas esta teria recusado.

Paulo acabou morrendo, com crises de vômito, diarreia e sangramentos estomacais, interpretados na ocasião como sintomas de infecção alimentar.