Casal de influenciadores suspeito de praticar golpe da rifa virtual é solto em Canoas
O Judiciário afirma que o Ministério Público, responsável pela ação penal, concordou com a liberação do casal e que coube ao juiz que analisa o caso acolher o pedido. O caso está sob sigilo
O casal de influenciadores Gladison Pieri e Pamela Pavão suspeitos de praticar golpe da rifa virtual em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, receberam ordem de soltura da Justiça. Os investigados deverão cumprir medidas cautelares, informou o Tribunal de Justiça (TJ) na noite de terça-feira (13).
A dupla foi alvo de uma operação policial contra o esquema na última terça-feira (6). Os dois são investigados por crimes de exploração de jogos de azar, contra a economia popular, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
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O Judiciário afirma que o Ministério Público, responsável pela ação penal, concordou com a liberação do casal e que coube ao juiz que analisa o caso acolher o pedido. O caso está sob sigilo.
Primeira prisão
A Polícia Civil realizou uma operação nesta terça-feira (6) contra o “golpe das rifas virtuais” em Canoas, Região Metropolitana. O casal de influenciadores digitais foi preso na operação.
De acordo com a Polícia Civil, os suspeitos sorteavam casas, apartamentos, motocicletas, motos aquáticas, dinheiro e carros, mas os prêmios eram entregues a pessoas próximas a eles. Também há indícios de que eles pagavam laranjas Brasil afora que apareciam em transmissões online se passando por vencedores.
O valor de uma cota para participar das rifas podia ser de R$ 0,10. Os influenciadores têm mais de 2 milhões de seguidores nas redes sociais e a polícia identificou que o casal movimentava milhões de reais em suas contas bancárias.
Além disso, a investigação também aponta para a prática do crime de lavagem de dinheiro. Esses valores, segundo a investigação, seriam misturados com outros faturados por empresas dos influenciadores que prestam serviços ou vendem produtos paralelos. Além disso, foi identificada a propriedade de bens que não estão registrados em nome dos suspeitos. Com a mistura do capital e a ocultação dos ativos obtidos ilegalmente, os investigados lavariam o dinheiro ilícito.
A Polícia Civil apreendeu ao menos 15 carros durante a operação contra o casal. Na frota de veículos recolhidos, aparecem marcas de luxo como Porsche, BMW e Corvette.
Segunda prisão
O casal foi preso preventivamente na última sexta-feira (9). A determinação da prisão pela Justiça ocorreu porque, apesar de saber estarem sendo investigados, continuaram realizando as rifas ilegais. Um dos prêmios que estava sendo rifado após a operação era uma BMW.
Conforme a legislação brasileira, rifas virtuais são ilegais. Exceto caso haja uma autorização expressa do Ministério da Fazenda, todo e qualquer tipo de sorteio, seja envolvendo rifa ou qualquer outro jogo de azar, é tido como um “ato ilícito”