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27 de novembro de 2024

Governador confirma novo presídio em Rio Grande

Com o sexto maior déficit de vagas no sistema prisional do Brasil, o Rio Grande do Sul está prestes a iniciar a construção de novos presídios


Por Pablo Bierhals Publicado 27/11/2024
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Governador confirma novo presídio em Rio Grande

Com o sexto maior déficit de vagas no sistema prisional do Brasil, o Rio Grande do Sul está prestes a iniciar a construção de novos presídios, sendo um em Rio Grande. Segundo o governador Eduardo Leite (PSDB), que anunciou as medidas enquanto cumpre agenda oficial na China, as obras visam criar cerca de 10 mil novas vagas até o final de seu mandato, em 2026.

Quatro novos presídios

Leite revelou que duas novas unidades prisionais serão autorizadas em breve, nos municípios de Passo Fundo, na região Norte, e São Borja, na Fronteira Oeste. Além disso, Rio Grande, no Sul, e Caxias do Sul, na Serra, também receberão novas cadeias em etapas futuras. O governador destacou que os presídios utilizarão métodos construtivos rápidos, com previsão de conclusão em cerca de um ano.

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Com essas obras, aumentaremos em 40% a capacidade do sistema prisional, saindo de 25 mil para 35 mil vagas. Nosso objetivo é garantir que essas unidades estejam operando antes do término deste governo — afirmou.

Investimentos estratégicos em Porto Alegre e Charqueadas

Entre as iniciativas já em andamento, Leite ressaltou a substituição do Presídio Central, em Porto Alegre, por uma nova estrutura, cuja inauguração está prevista para o início de 2025. Além disso, serão entregues, ainda neste mês, 76 novas celas individualizadas na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc). Essas celas contarão com bloqueadores de celular e medidas de segurança avançadas para isolar líderes de facções criminosas.

Estamos trabalhando em parceria com o Judiciário e o Ministério Público, fortalecendo o enfrentamento ao crime organizado com uma vara especializada na execução criminal para a Pasc — explicou.

Caso Nego Jackson e rigor nas investigações

Sobre o recente assassinato do detento Nego Jackson dentro da penitenciária de Canoas, Leite enfatizou que o caso será tratado com rigor. O crime, cometido por Rafael Telles da Silva, conhecido como “Sapo”, ocorreu após a entrada de uma arma na unidade.

Haverá apuração completa para identificar e punir falhas, sejam elas por omissão ou ação deliberada — garantiu o governador.

Déficit no sistema prisional brasileiro

Dados do Relatório de Informações Penais (Relipen), divulgado pelo Ministério da Justiça em outubro, mostram que o Brasil enfrenta um déficit total de 174.436 vagas no sistema carcerário. Os estados com maiores déficits são São Paulo (45.979), Minas Gerais (19.834) e Rio de Janeiro (15.797). O Rio Grande do Sul aparece na sexta posição, com 9.883 vagas em falta.

Com as medidas anunciadas, o governo gaúcho espera reduzir significativamente o problema e melhorar as condições no sistema penitenciário do estado.