Protocolo que promete endurecer as medidas contra o crime organizado é expandido para todo RS
Medidas já vinham sendo aplicadas nos últimos dois anos em Porto Alegre para a redução de homicídios
O governo do Rio Grande do Sul anunciou uma expansão para todo o estado um protocolo de segurança que, nos últimos dois anos, foi aplicado com sucesso em Porto Alegre para reduzir homicídios. Na manhã desta segunda-feira (4), um termo de cooperação foi assinado no Palácio Piratini, simbolizando um novo passo na luta contra o crime organizado e a prática de execuções.
O plano intensifica as medidas contra facções criminosas e prevê uma série de ações escalonadas.
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Entre as medidas, destaca-se a saturação de áreas afetadas por homicídios relacionados a disputas de facções, com aumento do policiamento local e aprofundamento das investigações sobre os grupos responsáveis. A estratégia inclui, ainda, a responsabilização das lideranças criminosas, sendo o isolamento dos chefes envolvidos em execuções a medida mais severa.
De acordo com o secretário de Segurança Pública, Sandro Caron, “cada vez mais, o Estado vai agir contra líderes do crime organizado envolvidos em homicídios”. Ainda segundo ele, os grupos que ordenam execuções serão prioridade das investigações. Além disso, terão bloqueio financeiro, prisão dos líderes, prisão dos subordinados e combate à lavagem de dinheiro.
O governador Eduardo Leite ressaltou que, embora o estado venha apresentando uma queda nos índices de violência nos últimos anos, é preciso reforçar as iniciativas contra o crime organizado: “Temos implementado uma estratégia de segurança pública baseada em evidências, e isso tem reduzido significativamente os índices no RS. Agora, damos um passo importante para enfrentar o crime organizado de maneira ainda mais estruturada, mesmo sem uma crise imediata.”
Isolamento de líderes na Pasc
Entre as novas ações está o isolamento de chefes de facções. Para isso, será utilizado um módulo construído na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc), que dispõe de 76 vagas e demandou um investimento de R$ 30 milhões. Essa estrutura reforça o comprometimento do Estado em impedir que líderes continuem a operar suas organizações de dentro das prisões.