PF faz operação em caso sobre venda de sentenças no Mato Grosso
A apuração teve início a partir de mensagens encontradas no celular de Roberto Zampieri, advogado falecido em 2023
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira (20) uma operação que investiga um esquema de venda de sentenças no Mato Grosso.
• Informações de Poder360
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Detalhes da Operação da PF
A operação da Polícia Federal foi deflagrada na manhã desta sexta-feira (20) e visa investigar um esquema de venda de sentenças no Mato Grosso. Mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em endereços ligados a um desembargador, que é um dos principais investigados no caso.
A operação foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin, e investiga crimes como organização criminosa, corrupção, exploração de prestígio e vazamento de informações sigilosas.
A apuração teve início a partir de mensagens encontradas no celular de Roberto Zampieri, advogado falecido em 2023. A análise do aparelho levou a Corregedoria Nacional de Justiça a instaurar reclamação disciplinar contra desembargadores do Tribunal de Justiça do Mato Grosso (TJ-MT).
Implicações Legais e Investigações
As implicações legais da operação da Polícia Federal são significativas, uma vez que a investigação aponta para a possibilidade de desembargadores terem recebido vantagens financeiras indevidas para julgar casos conforme os interesses do advogado Roberto Zampieri.
O inquérito policial foi instaurado após indícios de que esses magistrados estavam envolvidos em um esquema de venda de decisões e informações processuais privilegiadas. Em novembro, a PF já havia realizado 24 mandados de busca e apreensão contra magistrados, advogados, empresários e servidores de Tribunais de Justiça brasileiros.
Entre os investigados, estão três servidores do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que supostamente participaram desse esquema. O ministro Zanin destacou que a análise do celular de Zampieri revelou um amplo arcabouço de diálogos que expõem negociações espúrias.
Além disso, a operação levanta questões sobre a integridade do sistema judiciário e a necessidade de reformas para prevenir a corrupção e garantir a transparência nas decisões judiciais.