Usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nosso portal, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao continuar navegando, você concorda com este monitoramento. Leia mais na nossa Política de Privacidade.

23 de novembro de 2024

Abin Paralela: relatório da PF aponta favorecimento da agência aos filhos de Bolsonaro

Estrutura da Abin foi utilizada durante governo de Jair Bolsonaro


Por Pablo Bierhals Publicado 12/07/2024
Ouvir: 00:00
pzzb9004
Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

A Polícia Federal (PF) revelou que a estrutura da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) foi utilizada durante o governo de Jair Bolsonaro para beneficiar dois de seus filhos. Segundo as investigações, agentes envolvidos em monitoramentos ilegais buscaram informações sobre investigações que envolviam Jair Renan e o senador Flávio Bolsonaro (PL).

Relatório da Abin Paralela

A conclusão faz parte do relatório da investigação chamada de Abin Paralela, divulgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) após a remoção do sigilo do inquérito que apura o caso. De acordo com a PF, um policial federal que trabalhava na agência foi encarregado de espionar Allan Lucena, ex-sócio de Jair Renan em uma empresa de eventos. Jair Renan enfrenta acusações do Ministério Público de tráfico de influência e lavagem de dinheiro.

📱 Clique para receber notícias de graça pelo WhatsApp.

Monitoramento Clandestino de Flávio Bolsonaro

No caso do senador Flávio Bolsonaro, ações de monitoramento ilegal foram realizadas contra três auditores da Receita Federal que investigavam a prática de “rachadinha” em seu gabinete quando ele era deputado estadual. Os investigadores afirmam que a busca por informações sobre os auditores foi ordenada pelo deputado federal Alexandre Ramagem (PL), então diretor da Abin.

Defesa de Flávio Bolsonaro

Em resposta, o senador Flávio Bolsonaro utilizou suas redes sociais para afirmar que a divulgação do relatório tem o intuito de prejudicar a candidatura de Ramagem à prefeitura do Rio de Janeiro. “Não existia nenhuma relação minha com a Abin. Minha defesa atacava questões processuais, sem utilidade que a Abin pudesse ter. A divulgação desse documento, às vésperas das eleições, visa apenas prejudicar a candidatura de Delgado Ramagem à prefeitura do Rio de Janeiro”, declarou o senador.