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21 de novembro de 2024

Bancada do PSOL pede prisão preventiva de Bolsonaro

Solicitação tem como base operação da Polícia Federal que revelou plano para um golpe de Estado


Por Pablo Bierhals Publicado 21/11/2024
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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A bancada do PSOL na Câmara dos Deputados protocolou no Supremo Tribunal Federal (STF) pedidos de prisão preventiva contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o general Walter Braga Netto (PL), ex-ministro da Defesa e candidato a vice na chapa de Bolsonaro em 2022.

O pedido se baseia nas descobertas da Operação Contragolpe, conduzida pela Polícia Federal (PF), que desvendou um plano de golpe de Estado com o objetivo de impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). De acordo com as investigações, o plano incluía o assassinato do ministro do STF Alexandre de Moraes, do presidente Lula e do vice-presidente Geraldo Alckmin. A PF aponta que parte das articulações ocorreu em um encontro na residência de Braga Netto.

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“O que começou como uma reunião – na casa do Sr. Braga Netto, é bom ressaltar – evoluiu para um plano perigoso. O grupo chegou a se posicionar nas ruas de Brasília para realizar uma ‘ação clandestina’, tendo como alvo o ministro Alexandre de Moraes”, afirma o documento apresentado pelo PSOL.

Para a líder do PSOL na Câmara, deputada Erika Hilton, as evidências apontam para a existência de uma organização criminosa com intenção de promover atentados e assassinatos de altas autoridades da República. “Não podemos permitir que criminosos como esses permaneçam livres, interferindo na política e buscando anistia”, declarou.

Operação da PF amplia investigações

A Polícia Federal já cumpriu cinco mandados de prisão preventiva, três de busca e apreensão, além de 15 medidas cautelares, como a proibição de contato entre os investigados e a entrega de passaportes em até 24 horas. As ações foram realizadas em estados como Rio de Janeiro, Goiás, Amazonas e no Distrito Federal.

Entre os investigados, destacam-se pelo menos quatro militares e um policial federal. Entre eles está o general da reserva Mario Fernandes, ex-homem de confiança de Bolsonaro, que ocupou o cargo de Autoridade de Monitoramento da Lei de Acesso à Informação no governo. Outros alvos incluem os tenentes-coronéis Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo, além do policial federal Wladimir Matos Soares.

A operação reforça o alerta para a gravidade das ameaças à democracia e exige que as investigações avancem para punir os responsáveis. “As lideranças desse grupo ainda têm capacidade de promover novos crimes e obstruir o trabalho das autoridades”, finalizou Erika Hilton.