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09 de janeiro de 2025

Bacia de Pelotas avança para futuras perfurações com pesquisa sísmica detalhada

A exploração de petróleo na Bacia de Pelotas segue em ritmo acelerado com a segunda fase de pesquisas sísmicas, que tem como objetivo mapear as melhores áreas para futuras perfurações


Por Anelise Freitas Publicado 08/01/2025
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Foto: Divulgação

A empresa norueguesa Shearwater Geoservices anunciou que o levantamento será realizado com o uso do SW Empress, um dos navios sísmicos mais avançados do mundo. Esta etapa de pesquisa abrangerá mais de 10 mil quilômetros quadrados na bacia, uma área que se estende do Chuí até Rio Grande.

Tecnologia de Ponta para Exploração Eficiente

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Os dados sísmicos em 3D, coletados pelo SW Empress, são essenciais para fornecer uma visão detalhada da estrutura geológica da Bacia de Pelotas. Com isso, as empresas que adquiriram blocos de exploração, como Petrobras e Chevron, poderão analisar melhor o terreno, minimizando os riscos da exploração e acelerando o processo de descoberta de possíveis reservas de petróleo. A informação obtida nesta pesquisa é crucial para reduzir incertezas e aumentar as chances de sucesso das futuras perfurações na região.

Entendimento Geológico Crucial para a Exploração

De acordo com o especialista em geologia da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Giovani Cioccari, o estudo sísmico é uma etapa preliminar fundamental para as pesquisas em busca de petróleo. “Este levantamento vai ajudar a entender melhor o substrato da bacia, mapeando os estratos de rochas sedimentares e identificando potenciais reservatórios de petróleo”, explica Cioccari ao jornal A hora do Sul.

O tempo para que os dados sejam processados e interpretados pode variar, mas geralmente a etapa de aquisição e processamento sísmico leva de um a dois anos. A interpretação dos dados também pode demandar de seis meses a um ano, dependendo da complexidade e da quantidade de dados obtidos.

Expectativas para a Bacia de Pelotas: Potencial Promissor

A Bacia de Pelotas, área que foi leiloada pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) em dezembro de 2023, teve 44 blocos arrematados, sendo 29 por consórcios liderados pela Petrobras e Chevron. A área tem atraído crescente atenção desde que foram descobertas grandes jazidas de petróleo na Namíbia, devido à semelhança geológica entre a costa africana e a do sul do Brasil. Esse fator aumenta as expectativas de que a Bacia de Pelotas possua grandes reservas de petróleo a serem exploradas.

A conexão geológica com a Bacia de Orange, na Namíbia, foi destacada pela Shearwater Geoservices como uma das razões pelas quais a região tem um grande potencial. A empresa norueguesa descreve a Bacia de Pelotas como uma “super bacia emergente” de importância global, o que reforça a confiança de que a área será um ponto de destaque na exploração mundial de hidrocarbonetos.

Futuro Promissor para a Região e o Setor de Energia

Com o avanço das pesquisas e a exploração de petróleo, a Bacia de Pelotas está se consolidando como uma das grandes promessas para o futuro do setor energético no Brasil. A tecnologia de ponta empregada nos estudos sísmicos ajudará a identificar os melhores pontos para perfuração e contribuirá para um desenvolvimento mais eficiente e seguro das reservas de petróleo, que podem trazer grandes benefícios econômicos para o país.