Usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nosso portal, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao continuar navegando, você concorda com este monitoramento. Leia mais na nossa Política de Privacidade.

19 de setembro de 2024

Efetivo do Mais Médicos cresce 119% no Rio Grande do Sul nos últimos 18 meses

Dos 1.444 profissionais, 1.248 são brasileiros


Por Pablo Bierhals Publicado 09/07/2024
Ouvir: 00:00
mais-medicos_mcamgo_abr_18082023-2
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Desde o início do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em janeiro de 2023, o programa Mais Médicos (PMM) tem apresentado um crescimento significativo de 93,83% no número de profissionais em atividade. Até junho de 2024, são 24.894 médicos e médicas atuando em todo o Brasil, um aumento de 12.051 profissionais em comparação com dezembro de 2022.

Rio Grande do Sul

O estado do Rio Grande do Sul registrou um aumento ainda mais expressivo de 119,45% no número de profissionais do Mais Médicos. Em 18 meses, o número de médicos passou de 658 para 1.444, um acréscimo de 786 profissionais. Na capital, Porto Alegre, o número de médicos cresceu de 51 para 91, representando uma expansão de 78,4%.

Perfil dos Médicos no Rio Grande do Sul

Dos médicos e médicas ativos no Rio Grande do Sul, 1.248 são brasileiros. A maioria dos profissionais são mulheres, representando 56,2% do total (812 médicas). As faixas etárias predominantes são: 25 a 29 anos (265 profissionais), 30 a 34 anos (351 profissionais) e 35 a 39 anos (362 profissionais).

Diversidade Étnico-Racial e Distribuição das Equipes

Em termos de raça/cor, 69,9% dos médicos se identificam como brancos (1.010 profissionais), 22,8% como pretos ou pardos (330 profissionais), 94 como amarelos e seis como indígenas, além de quatro sem registro de identificação. Quanto à alocação das equipes, 1.438 profissionais integram equipes de saúde da família, e 224 atuam em municípios com alto índice de vulnerabilidade social.

Expansão Nacional

Em dezembro de 2022, o Brasil contava com 12.843 profissionais do Mais Médicos. Com a recomposição promovida pelo Governo Federal, esse número quase dobrou, acompanhado de melhorias no modelo do programa. No início de julho, o Ministério da Saúde anunciou um novo edital para a contratação de 3,1 mil profissionais, com vagas reservadas para pessoas com deficiência e grupos étnico-raciais, como negros, quilombolas e indígenas.

Segundo a ministra da Saúde, Nísia Trindade, o Mais Médicos é fundamental para a inclusão e ampliação do acesso à saúde. “Com esse edital, retomamos a meta dos 28 mil médicos, seguindo a política de cotas aprovada em lei, prioridade do Governo Federal,” afirmou a ministra.

Fortalecimento da Atenção Primária à Saúde

O Mais Médicos é uma iniciativa crucial para o fortalecimento da Atenção Primária à Saúde, resolvendo 80% dos problemas de saúde no ponto de entrada preferencial do Sistema Único de Saúde (SUS). O programa visa combater as desigualdades regionais, levando médicos a áreas com escassez de profissionais e investindo na qualificação e formação contínua para garantir um atendimento qualificado.

Distribuição Regional dos Profissionais

O Nordeste lidera em número de vagas ocupadas pelo programa, com 8.362 profissionais, seguido pelo Sudeste, com 7.435. Os estados com maior número de médicos são São Paulo (3.288), Minas Gerais (2.219) e Bahia (2.127).

Destaques nos Distritos Sanitários Especiais Indígenas

Os Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI) também apresentaram crescimento significativo. O distrito Yanomami, em Boa Vista (RR), passou de oito profissionais em dezembro de 2022 para 36 em junho de 2024, um aumento de 350%. No Mato Grosso do Sul, o número de profissionais ativos no DSEI aumentou de oito para 39, representando um crescimento de 387,5%.

Perfil Nacional dos Profissionais do Mais Médicos

No total, 92,25% dos médicos e médicas ativos são brasileiros, com 53,45% sendo mulheres. Quase 12 mil profissionais têm entre 30 e 39 anos. Há 88 vagas ocupadas por indígenas, 36,54% dos profissionais são pretos ou pardos, e 53,98% são brancos. A maioria dos profissionais (24.243) integra equipes de Saúde da Família, e 14.942 estão em regiões com médio, alto ou muito alto Índice de Vulnerabilidade da Saúde (IVS).