Usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nosso portal, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao continuar navegando, você concorda com este monitoramento. Leia mais na nossa Política de Privacidade.

04 de dezembro de 2024

Ministério da Ciência informa que vacina nacional contra mpox é prioridade da Rede Vírus

Pesquisa está na fase de estudo para o aumento da produção


Por Kathrein Silva Publicado 20/08/2024
Ouvir: 00:00
vacina_dengue_11
Foto; Paulo Pinto

A mpox, declarada como emergência em saúde pública de importância internacional pelo diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, tem sido alvo de pesquisa do Centro de Tecnologia de Vacinas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), para o desenvolvimento de um imunizante capaz de prevenir a doença.

A iniciativa da UFMG começou há dois anos e, segundo o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), é uma das prioridades da Rede Vírus, comitê de especialistas em virologia criado para o desenvolvimento de diagnósticos, tratamentos, vacinas e produção de conteúdo sobre vírus emergentes no Brasil.

📱 Clique para receber notícias de graça pelo WhatsApp.

Dados do Ministério da Saúde indicam que, este ano, 709 casos da doença foram identificados no país, sendo que nenhum, até o momento, provocado pela nova variante. No Rio Grande do Sul, foram identificados cinco casos da doença.

De acordo com o MCTI, em 2022, o Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos doou para a UFMG material conhecido como semente do vírus da mpox, uma espécie de ponto de partida para o desenvolvimento do insumo farmacêutico ativo (IFA), matéria-prima utilizada na produção do imunizante. 

No momento, a pesquisa está na fase de estudo para o aumento da produção, verificando a obtenção de matéria-prima para atender à demanda em grande escala.

A dose brasileira, segundo a pasta, é composta por um vírus semelhante ao da mpox, atenuado através de passagens em um hospedeiro diferente, até que perdesse completamente a capacidade de se multiplicar em hospedeiros mamíferos, como o ser humano.

Outras vacinas

Atualmente existem duas vacinas contra o mpox, segundo a OMS. Uma delas, a Jynneos, produzida pela farmacêutica dinamarquesa Bavarian Nordic, também é composta pelo vírus atenuado e é recomendada para adultos, incluindo gestantes, lactantes e pessoas com HIV.

A segunda, ACAM 2000, fabricada pela farmacêutica norte-americana Emergent BioSolutions, mas com diversas contra indicações, além de mais efeitos colaterais, já que é composta pelo vírus ativo.

Com a declaração de emergência global anunciada pela OMS, o Ministério da Saúde anunciou que negocia a compra de 25 mil doses da Jynneos junto à Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). Desde 2023, quando a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso provisório do imunizante, o Brasil já recebeu cerca de 47 mil doses do imunizante e aplicou 29 mil.

Sintomas da Mpox:

Os sintomas da mpox geralmente aparecem entre 6 a 13 dias após a exposição ao vírus, mas podem demorar até 21 dias para surgir. Eles incluem:

  1. Febre: A febre é um dos primeiros sintomas a surgir.
  2. Dor de cabeça intensa.
  3. Dores musculares.
  4. Dor nas costas.
  5. Inchaço dos linfonodos: Um dos diferenciais da mpox em relação à varíola humana, causando aumento dos gânglios linfáticos.
  6. Calafrios e cansaço.
  7. Erupção cutânea: Começa geralmente no rosto e se espalha para outras partes do corpo, incluindo mãos e pés. As lesões passam por diferentes estágios antes de formar crostas e cair.