Secretário confirma inquérito sobre possível uso de máquinas públicas em ocupação do MST
Inquérito investigará denúncias de uso de máquinas e caminhão público em áreas ocupadas pelo MST em Pedras Altas
O secretário de Segurança Pública do Rio Grande do Sul, Sandro Caron, determinou a abertura de um inquérito policial para apurar denúncias de possível uso de máquinas públicas em ações ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no município de Pedras Altas.
O caso foi levado à atenção do deputado Vinícius de Almeida (Progressistas) por produtores rurais da região, que relataram o uso de bens públicos em ações de assentamento em áreas invadidas. As ocupações envolveram a Cabanha Santa Angélica, propriedade histórica fundada em 1870 e reconhecida pela criação de cavalos crioulos e bovinos, e a Fazenda Nova, produtora de grãos e gado de corte.
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Além das máquinas públicas mencionadas inicialmente, o deputado também recebeu imagens enviadas por produtores da região que indicam a presença de um possível caminhão público nas terras ocupadas pelos integrantes do MST. A instauração do inquérito pela Polícia Civil, segundo o deputado, não serviria apenas para esclarecer os fatos, mas também, de acordo com ele, responsabilizar eventuais envolvidos, preservando os direitos dos produtores e a segurança no campo.
O que está por trás da ocupação?
A principal reivindicação do MST-RS é o avanço nos processos de Reforma Agrária, que estão paralisados há mais de uma década. Eles exigem que o Governo Federal acelere as vistorias e compras de terras para possibilitar o assentamento de cerca de 1.500 famílias que seguem acampadas no estado. Dessa forma, a mobilização em duas frentes, com a ocupação das terras e também com a vigília em frente ao INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), busca pressionar por medidas concretas para garantir terra e condições de vida dignas às famílias envolvidas.
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