Setembro amarelo encerra com um chamado à empatia e à conscientização sobre a saúde mental

Setembro é o mês em que o amarelo ganha destaque em todo o Brasil, simbolizando a luta pela prevenção do suicídio e a valorização da saúde mental. A campanha busca conscientizar a população sobre a importância de falar abertamente sobre os sentimentos e as dificuldades que muitos enfrentam, inúmeras vezes em silêncio.

Neste mês, diversas ações aconteceram em escolas, comunidades e instituições de saúde, visando oferecer apoio e informação. Palestras e workshops têm sido realizados para desmistificar o tema e mostrar que a ajuda está sempre disponível. Profissionais de saúde mental estão dedicando seu tempo para conversar e ouvir aqueles que precisam, reforçando que não estamos sozinhos nessa jornada, como relata a psicóloga Isadora Graziadei, “O suicídio não ocorre de forma isolada, ele insere-se em um espaço interinstitucional, em que se encontram os amigos, a família, escola, o local de trabalho.” Ela ainda destaca sobre a atenção aos detalhes, “Precisamos prestar em todos à nossa volta, inclusive nas crianças! Sim, crianças também sofrem e pensam sobre o assunto. As pessoas dão sinais como frases, por exemplo: vou desaparecer, vou deixar vocês em paz, queria poder dormir e nunca mais acordar, é inútil tentar fazer algo para mudar, eu só quero me matar… Pois então, as pessoas quando estão em risco de costumam falar sobre morte e suicídio mais do que o comum, confessam se sentir sem esperanças, culpadas por falta de autoestima e tem a visão negativa de sua vida de futuro, essas ideias podem estar expressas de formas escritas verbais ou até por meio de desenhos”.

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É essencial lembrar que o suicídio é uma questão séria, e cada vida perdida é uma tragédia que deixa um rastro de dor e sofrimento. Segundo a Organização Mundial da Saúde, cerca de 800 mil pessoas tiram a própria vida a cada ano. Mas a boa notícia é que, com apoio e compreensão, muitos casos podem ser prevenidos. Cada conversa, cada gesto de carinho e cada ato de empatia podem fazer a diferença na vida de alguém.

O Setembro Amarelo é um convite para que todos nós possamos ser mais acolhedores, para podermos falar sobre saúde mental sem tabus e, acima de tudo, lembrar que por trás de cada sorriso, pode haver uma batalha invisível.

” Precisamos acolher essas dores e as dores dos outros. Ouvir com empatia e principalmente procurar ajuda de um profissional capacitado”, afirma Isadora.