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19 de setembro de 2024

Universidades gaúchas desvendam moléculas promissoras para medicamentos antivirais e conquistam primeiro lugar em desafio internacional

Universidades Federais de Pelotas (UFPel) e do Rio Grande (FURG) Identificam Moléculas Inovadoras e São Vencedoras do Desafio CACHE


Por Anelise Freitas Publicado 16/09/2024
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Foto: Divulgação

Uma equipe de pesquisadores das Universidades Federais de Pelotas (UFPel) e do Rio Grande (FURG) conquistou destaque internacional ao identificar sete moléculas promissoras para o desenvolvimento de medicamentos antivirais pan-coronavírus. O estudo, liderado pela professora Karina Dos Santos Machado (FURG) e contando com a colaboração dos professores Adriano Werhli (FURG) e Frederico Schmitt Kremer (UFPel), utilizou inteligência artificial e ferramentas de código livre para realizar descobertas significativas.

O grupo superou outras equipes no desafio CACHE (Critical Assessment of Computational Hit-Finding Experiments), promovido pela Conscience, ao submeter o maior número de moléculas promissoras, salientando as universidades gaúchas no cenário global da pesquisa científica.

O professor Frederico Schmitt Kremer enfatizou “Métodos tradicionais de descoberta de medicamentos no computador podem ser custosos para testar um número grande de moléculas – as vezes na escala de milhões – e a IA nos permitiu não apenas selecionar moléculas representativas para serem testadas por estes métodos, mas também calcular as afinidades químicas destas milhões de moléculas em um tempo infinitamente menor”, explicou.

Ademais a professora Karina Machado destacou a relevância do trabalho interdisciplinar e a potencial aplicação das ferramentas para enfrentar diversas ameaças à saúde  “Vejo esse trabalho como verdadeiramente interdisciplinar, onde pesquisadores com diferentes visões e perspectivas totalmente distintas sobre um problema se unem para produzir algo realmente importante para a sociedade”, afirmou.

Já o CEO da Conscience, Ryan Merkley comentou sobre o projeto, “O desafio CACHE usa a colaboração, reunindo pesquisadores talentosos de qualquer lugar – tanto das companhias farmacêuticas com bons recursos financeiros quanto de instituições com poucos recursos – para impulsionar novas descobertas em áreas de necessidades ainda não atendidas”, salientou.

O desafio CACHE, apoiado pelos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA e pelas farmacêuticas Bayer e Boehringer Ingelheim, reuniu pesquisadores de todo o mundo para impulsionar novas descobertas em áreas críticas da medicina.