Usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nosso portal, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao continuar navegando, você concorda com este monitoramento. Leia mais na nossa Política de Privacidade.

16 de novembro de 2024

Produtor e arranjador musical Quincy Jones morre aos 91 anos

O artista morreu na sua casa em Los Angeles, no último domingo (3)


Por Kathrein Silva Publicado 04/11/2024
Ouvir: 00:00
Design sem nome (16)
Foto: AFP

Quincy Jones morreu as 91 anos em casa no bairro Bel Air, em Los Angeles, nos Estados Unidos, no último domingo (3). Jones era um produtor e arranjador musical que trabalhou com grandes artistas como Michael Jackson e Frank Sinatra.

O artista morreu rodeado dos familiares. Segundo o g1, os familiares declararam que, apesar da perda, celebram “a grande vida que ele viveu” e sabem “que nunca haverá outro como ele”. A causa da morte não foi divulgada.

Jones foi o responsável por produzir alguns dos álbuns mais memoráveis de Michael Jackson: “Off The Wall” (1979), “Thriller” (1983) e “Bad” (1987). Estes foram os primeiros discos da fase mais madura do “Rei do Pop”, já sem o grupo The Jackson Five, que integrava com seus irmãos.

Ele produziu “We Are The World” para o projeto que reuniu dezenas de estrelas da música em 1985 para arrecadar fundos para a luta contra a pobreza na África. Lionel Richie, que compôs a faixa com Michael Jackson, classificou Jones como o “mestre orquestrador”.

Além de Michael Jackson e Lionel Richie, a iniciativa teve a participação de artistas como Bob Dylan, Billy Joel, Stevie Wonder, Cindy Lauper e Bruce Springsteen.

Jones também é autor da trilha de abertura da série “Um Maluco no Pedaço”, da qual também é produtor.

Quincy Delight Jones Jr.

Quincy Delight Jones Jr. nasceu em 14 de março de 1933, em Chicago. A mãe dele sofria de esquizofrenia. Ele e o irmão Lloyd cresceram em condições difíceis com a avó em Louisville. Quando chegou à pré-adolescência, Quincy voltou para Chicago para morar com o pai.

Após se mudar para Seattle com o irmão, o artista descobriu a habilidade com o piano em um centro recreativo, e a história de amor com a música começou.

Quincy começou tocando em locais menores. Escreveu a primeira composição e desenvolveu habilidades para arranjos musicais e trompete. Ele conheceu Ray Charles, futuro pioneiro do blues e do bebop, depois de uma performance e o duo se tornou um pilar da música local.

Quincy estudou brevemente na Faculdade de Música Berklee, em Boston, antes de se juntar às turnês de Lionel Hampton e mudar-se para Nova York, onde se tornou conhecido como arranjador de celebridades que incluíram Duke Ellington, Dinah Washington, Count Basie e Ray Charles.

O músico participou de Heartbreak Hotel, de Elvis Presley, e fez um dueto com Dizzy Gillespie por vários anos antes de se mudar para Paris em 1957, onde estudou com a lendária compositora Nadia Boulanger.

Ele viajou pela Europa com várias orquestras de jazz, mas percebeu que fama e talento não se monetizam automaticamente. Endividado, Quincy passou para o lado empresarial do negócio da música. Ele conseguiu um emprego na Mercury Records, onde alcançou a posição de vice-presidente.

Quincy também trabalhou em Hollywood, em programas de televisão e filmes. Ele escreveu os próprios sucessos, como Soul Bossa Nova, enquanto fazia arranjos para dezenas de estrelas da indústria musical. O artista trabalhou com Sinatra, arranjando a versão mais famosa de Fly Me To The Moon.