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04 de dezembro de 2024

Circum-navegação Antártica: expedição brasileira inédita

A circum-navegação Antártica liderada por pesquisadores brasileiros e de outros seis países inicia uma missão inovadora para coletar dados sobre mudanças climáticas e poluição no Polo Sul


Por Redação Publicado 02/12/2024
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Foto: Anderson Astor/Divulgação

A circum-navegação Antártica liderada por pesquisadores brasileiros e de outros seis países inicia uma missão inovadora para coletar dados sobre mudanças climáticas e poluição no Polo Sul.

• Informações de Poder360

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Objetivos da Expedição

A expedição liderada por brasileiros tem como principais objetivos a coleta de dados sobre mudanças climáticas e a poluição no Polo Sul. A missão, que partiu do Rio Grande do Sul em 22 de novembro de 2024, visa realizar uma circum-navegação ao redor da Antártica, cobrindo aproximadamente 14 mil quilômetros até 12 de janeiro de 2025.

Durante a expedição, os pesquisadores coletarão amostras de gelo, água e ar, além de realizar medições para avaliar a velocidade do derretimento das geleiras. A equipe, composta por 61 cientistas de diversas nacionalidades, também se concentrará na análise de microplásticos e no monitoramento das calotas de gelo, buscando entender a evolução do manto de gelo antártico.

Jefferson Cardia Simões, líder da expedição, destacou a importância de investigar as rápidas mudanças climáticas nas regiões polares e seus impactos globais, afirmando que as alterações observadas podem afetar diretamente o cotidiano das pessoas.

Impacto das Mudanças Climáticas

As mudanças climáticas têm um impacto significativo nas regiões polares, e a expedição busca documentar e entender essas transformações.

De acordo com Jefferson Cardia Simões, as áreas polares estão experimentando as mudanças climáticas mais intensas e rápidas do planeta, o que pode ter consequências globais.

Um dos focos da pesquisa é a análise do derretimento das geleiras, que pode resultar em um aumento do nível do mar de 6 a 7 metros em 200 a 300 anos, colocando cidades costeiras como Porto Alegre em risco de submersão.

A expedição também examinará como o aquecimento do oceano e da atmosfera pode estar contribuindo para a degradação do manto de gelo da Antártica.

Além disso, a coleta de sedimentos durante a circum-navegação permitirá que os cientistas analisem registros históricos das mudanças climáticas, ajudando a entender melhor o passado e prever o futuro das condições climáticas globais.